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Arena de Conteúdo da Engenharia Clínica na Hospitalar 2024 recebe 2º Seminário Latino-Americano de Engenharia Clínica

No espaço, o Grupo de Discussão Interdisciplinar (GDI) de Engenharia Clínica apresentou os resultados de 2023, que visa discutir e definir diretrizes para a formação de engenheiros clínicos na América Latina
 
Durante a Feira Hospitalar de 2024, principal evento de saúde da América Latina, realizada entre os dias 21 e 24 de maio, a Associação Brasileira de Engenharia Clínica (Abeclin) realizou a segunda edição do Seminário e Oficina Latino-Americano de Engenharia Clínica. O evento reuniu especialistas do Brasil, Peru, Paraguai e Uruguai para debater os avanços e desafios da Engenharia Clínica na América Latina e no mundo. Durante o seminário também foram apresentados os resultados do primeiro ano de atividades do Grupo de Discussão Interdisciplinar (GDI), que foi criado na primeira edição do seminário, em 2023.
 
Segundo o presidente da Abeclin, Ricardo Maranhão, o evento é uma demonstração de que instituição, o GDI e outros profissionais da América Latina estão comprometidos em avançar com as discussões e implementar as diretrizes necessárias para fortalecer a formação e atuação dos engenheiros clínicos na América Latina. “Engenheiros clínicos bem treinados são cruciais para aumentar a disponibilidade de equipamentos médicos, reduzir custos e melhorar a segurança tanto para pacientes quanto para profissionais de saúde”, disse.
 
O engenheiro Franco Simini, do Uruguai, participou das agendas do evento e considerou importante a abordagem dos temas para desenvolver ainda mais a engenharia clínica. “Um ambiente de pesquisa muito legal. Além de ser uma oportunidade de trocar experiências, métodos de ensinos práticos e teóricos das universidades, e sobretudo treinamentos”, afirmou.
 
O GDI, sob a condução do vice-presidente de Relações Institucionais da Abeclin, o engenheiro Alexandre Ferreli, realizou reuniões mensais ao longo do ano com o objetivo principal de reunir especialistas para compreender e definir as necessidades específicas da formação de um profissional apto a atuar em Engenharia Clínica. Entre os resultados destacados, o GDI identificou a necessidade de diretrizes claras para a formação de engenheiros clínicos, algo que ainda falta na maioria dos cursos disponíveis.
 
Segundo os resultados apresentados, os profissionais formados em engenharia elétrica, eletrônica, mecatrônica, mecânica, produção e engenharia biomédica são considerados os mais adequados para se especializarem em Engenharia Clínica. Contudo, há um consenso de que os recém-formados geralmente não possuem as competências profissionais e conhecimentos técnicos necessários para atuarem diretamente na área sem uma especialização ou estágio prévio.
 
“O profissional de engenharia clínica enfrenta inúmeras responsabilidades que exigem preparação adequada. Erros ou falhas podem causar prejuízos financeiros, deterioração da reputação do contratante, bem como perdas de vidas e consequências graves para os pacientes”, destacou Ferreli durante a apresentação. A formação de docentes também foi abordada, ressaltando a importância de que sejam profissionais atuantes no mercado, com experiência prática e capacidade de realizar pesquisa simultaneamente.
 
O GDI concluiu que é essencial definir diretrizes claras com objetivos fundamentais: garantir uma formação de qualidade que capacite adequadamente os profissionais, facilitar a adaptação para que engenheiros clínicos possam exercer sua profissão em outros países, respeitando as regulamentações locais, e evitar erros por parte dos recém-formados que possam afetar negativamente empregadores, pacientes e suas próprias carreiras.

O evento contou também com a participação do Vice-presidente da Abeclin, Pedro Moreira, o Vice-presidente de Marketing, Keev Katz e o Vice-presidente administrativo, Luís Cristo. Por conta da situação do Rio Grande do Sul, o Vice-presidente Financeiro, Fernando Meira e a Vice-presidente técnico-científica, Léria Holsbach, participaram de forma online do evento, assim como os demais membros do GDI de países da America Latina.

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